CRITICA DE FILME 1


.Lo sceicco bianco, 1952, Federico Fellini



Talvez, a razão seja um alfinete que fura o balão do sonho.

O filme apresenta duas linhas narrativas, e ambas se desenrolam de maneira onírica, na perspectiva do marido o pesadelo, e na da esposa a do sonho erotico.
O marido, dormindo desperta com o quarto alagado, e uma carta de sua recém esposa, indicando que ela além de possuir outro nome(boneca apaixonada), tem outra paixão, o sheik branco. A trama que se segue, é do personagem tentando manter a aparência para sua familia, ao mesmo tempo que não faz ideia de onde sua esposa está, talvez nem nos seus maiores pesadelos, ele esperava passar por uma situação como essa.
Já, a esposa, se encontra com a sua fantasia erotica, o heroi das narrativas que ela consome ( acho que foto-novelas), materializado na sua frente, e interessado em bem mais que troca de olhares.
Um vive o seu maior pesadelo, e a outra vive o seu maior sonho, porém a realidade acaba vindo a tona, e convergindo as duas narrativas. A moça, se impede pela moral de beijar o sheik, ao mesmo tempo que a realidade por trás do personagem vem a tona e o mundo de fantasia se desmorona por completo, ao fim, ela ainda tenta morrer como uma heroina trágica, afogada na lama, mas a realidade é só uma poça.

A marido por fim, já não sabendo mais o que fazer, encontra sua esposa, num hospício, ou o lugar onde as pessoas que vivem suas proprias realidades, são encerradas. Ao fim as duas narrativas se convergem, e ambos vão encontrar a familia do marido para visitar o papa.
O filme termina, com o casal entrando de braços, na igreja (?), simulando a união depois dessa aventura e de toda trauma vivido por ambos, a câmera abre de forma que as pessoas ficam pequenas perto do monumento ( igreja !?), que consome elas feito... sei la, depois o filme termina.


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